sábado, 14 de abril de 2012

Diretores de presídios dificultam trabalho de agentes penitenciários, diz Sindicato
Assessoria de Imprensa | 13 ABR 2012 | 09:24
“Os agentes querem fazer o que aprenderam no curso, mas estão sendo impedidos”.

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Foto: ParaibaemQAP
Alguns diretores de cadeias públicas e presídios do interior do Estado estão dificultando as atividades diárias dos agentes penitenciários. A denúncia foi feita por uma comissão de agentes penitenciários ao Sindicato da categoria, na tarde desta quarta-feira, dia 11 de abril. O presidente do Sindsecap, Manuel Leite de Araújo informou que o caso será levado ao conhecimento do recém-empossado secretário de Administração Penitenciária, coronel-PM Washington França em audiência pública já solicitada.
Segundo os denunciantes que são agentes penitenciários aprovados em concurso público e nomeados recentemente para suas funções, os diretores impedem que eles ponham em prática o que aprenderam durante o Curso de Formação promovida pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Administração Penitenciária, tirando assim sua total autonomia e autoridade dos mesmos durante os plantões.
Um dos exemplos citados pelos denunciantes diz respeito a entrada nas unidades prisionais de objetos proibidos, quando, os agentes tentam impedir o acesso desses equipamentos e a direção da unidade penal interfere na ação do agente penitenciário. Outro caso denunciado se refere a entrada de pessoas de menor idade aos presídios e cadeias. O agente penitenciário tenta proibir esta ocorrência, mas são desautorizados e desmoralizados pelos diretores.
Uma outra irregularidade que vem ocorrendo nas cadeias e presídios do interior com a conivência da Direção da unidade penal é no que diz respeito a "quem recebe ordens" no local. Na ausência do diretor do presídio, o mesmo deixa como interlocutor os "presos que diz ser de confiança", para transmitir recados e outras determinações aos agentes penitenciários.
PORQUE ACONTECE
A maioria dos cargos de diretores de cadeias e presídios do interior do Estado é indicação política, não havendo nenhum critério para a função. Isto, conforme o Sindicato, tem desmoralizado o sistema penitenciário paraibano. "Há muito tempo que o sindicato vem lutando para que todos os cargos de direção sejam ocupados por agentes ou servidores penitenciários vinculados ao quadro funcional da Secretaria de Administração Penitenciária", disse Manuel Leite, acrescentando que as indicações políticas tem sido mal crônico para o bom funcionamento do sistema prisional.
"Nós esperávamos que no atual Governo o apadrinhamento de políticos não existisse, no entanto, nada mudou, pelo contrário, piorou, aumentando cada vez mais esta prática da intervenção politiqueira que só faz denegrir cada vez mais nosso sistema penitenciário", alegou o presidente Manuel Leite.
HARISSON TARGINO
Por fim, o presidente do Sindsecap reconheceu o esforço concentrado do ex-secretário de Administração Penitenciária Harisson Targino (hoje na Educação) pelos serviços prestados ao sistema penitenciário, quando muitos foram os avanços, porém, o mesmo não conseguiu acabar com a intervenção do político no sistema prisional.
Assessoria de Imprensa do Sindsecap

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