Estrutura precária em presídio da PB é por causa de rebelião, diz diretor
Em entrevista, major Sérgio Fonseca diz que detentos possuem roupas.
Direção falou após divulgação de fotos que mostram más condições.
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Após o Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH-PB) divulgar imagens de más condições estruturais no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, em João Pessoa, o diretor da unidade prisional, major Sérgio Fonseca comentou as fotos. Em entrevista à TV Cabo Branco, o major disse que “a infraestrutura do presídio é uma das melhores do sistema penal paraibano”, porém ficou prejudicada depois que os detentos destruiram áreas internas do complexo em uma rebelião, em maio. “Eles fizeram uma grande rebelião e danificaram todo o presídio”, disse.O documento do CEDH relata reclamações dos detentos como sujeira, excesso de presos em uma só cela, falta de roupas e até de água potável. Imagens divulgadas no relatório mostram detentos que seriam de uma cela de disciplina nus e deitados no chão, por supostamente não terem lugar apropriado para dormir. Para registrar as imagens dentro da cela, uma conselheira entregou uma máquina fotográfica para um dos presos, o que gerou uma confusão no momento da visita, na terça-feira (28).
Celas do complexo foram destruídas por presos
em maio, durante rebelião (Foto: Divulgação/Seap)
Sobre o excesso de detentos, o diretor do PB1 explicou que os presos haviam sido relocados para aquela área devido a um túnel encontrado na unidade prisional no último dia 25. “Eles tinham saído do pavilhão para que esse túnel fosse fechado”, justificou o major Sérgio.em maio, durante rebelião (Foto: Divulgação/Seap)
Ele ainda disse que, depois da rebelião do dia 29 de maio, todos os presos receberam duas camisetas e dois shorts brancos, por determinação da Secretaria de Administração Penitenciária com o objetivo de padronizar o presídio. O major ainda garantiu que todos têm essa roupa e que, após a descoberta do túnel, foram relocados utilizando esses trajes. “Agora, se no momento em que eles perceberam a presença dos conselheiros eles tiraram as roupas, aí é uma outra situação”, insinuou.
Imagens divulgadas por conselho mostram más
condições (Foto: Divulgação/CEDH-PB)
Entenda o casocondições (Foto: Divulgação/CEDH-PB)
Na noite da terça-feira (28), uma integrante do Conselho Estadual de Direitos Humanos foi flagrada entregando uma máquina fotográfica a presos do PB1. O diretor do presídio, o major Sérgio Fonseca, explicou que policiais militares presenciaram a entrega e a devolução da câmera. Segundo ele, há uma legislação específica para a proibição da entrada de celulares em unidades prisionais, mas que máquinas fotográficas também não são permitidas.
Com a constatação da entrega, o grupo de conselheiros foi detido no presídio pelos agentes penitenciários e policiais militares. Após a chegada do promotor Marinho Mendes, os conselheiros seguiram do PB1 para a 9ª Delegacia Distrital, onde registraram um boletim de ocorrência, prestando queixa contra os policiais militares que os mantiveram detidos.
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