quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

De quem será a culpa das possíveis consequências de uma greve no sistema prisional?
ParaibaemQAP | 30 JAN 2013 | 09:50                 




É simplesmente inimaginável o número de transtornos que poderão acontecer em presídios de todo o Brasil nesta quarta-feira (30), graças à presidente Dilma Rousseff e alguns setores de forte influência em seu governo.
Hoje, 30 de Janeiro de 2013, é dia de paralisação nacional nas penitenciárias brasileiras, motivada pelo veto da presidente ao projeto de lei que concede porte de arma aos agentes fora de serviço.
Pressionada por correntes religiosas e entidades ditas “defensoras dos direitos humanos”, a presidente vetou o projeto. O resultado foi o que já prevíamos em outros artigos do ParaibaemQAP (e pode gerar conseqüências que nem nós imaginávamos).
‘O dia’
Geralmente, a maioria dos presídios reserva a quarta-feira para dias de visita íntima (dia de sexo na cadeia). Como grande parte da massa carcerária só quer ‘um motivo’ para dar início a um motim, barrar o único dia de fazer amor na semana pode turbinar os hormônios prisionais e eclodir uma rebelião. Quem serão os ‘culpados’?
A ironia
A massa carcerária, como se sabe, é composta quase que totalmente por pessoas que mal sabem ler ou escrever. Isso, somado às condições típicas das prisões brasileiras, faz do encarcerado um ser incapaz de compreender o movimento dos agentes em prol de uma reivindicação justa. “Que nada, nóis quer a visita de nóis! Se não tiver visita essa p... vira!” Eis o cenário real. Ironicamente, somente os presos podem salvar os seus respectivos governos de uma tragédia tão [ou mais] impactante quanto à da badalada Boate Kiss. Ironicamente, os detentos – que nunca tiveram atenção dos governos para amadurecem suas mentes e esfriarem a cabeça em momentos de crise – agora são a salvação da imagem governamental. Pensando mais um pouco, quem serão os ‘culpados’?
A hipocrisia
Desde que o sistema prisional existe no Brasil (e certamente em outros países), o porte de arma de fogo para agentes fora de serviço sempre foi uma interrogação. Alguns estados o concedem, outros não. Mas em todas as unidades da federação, esses servidores que lidam diretamente com criminosos de todas as espécies portam suas armas de fogo nas horas de folga. Da igreja ao shopping; do mercado ao posto de saúde; da universidade às boates da vida. Sempre estão armados (por questões óbvias).
Assim, se a presidente Dilma não tivesse dado ouvidos às correntes já mencionadas, sancionar o projeto e conceder o benefício/necessidade à categoria não seria nada mais do que normatizar uma prática antiga e que nada – nem o veto – irá banir.
Já que o governo federal quer “pagar pra ver”, de quem será a culpa?

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