sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Delegados da PB descartam greve, mas vão analisar “medidas judiciais”

Cláudio Lameirão (presidente da Adepdel) quer abrir diálogo com Governo sobre PEC 300.

 
O delegado da Polícia Civil Cláudio Lameirão, que é presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba, descartou nesta sexta-feira (21) qualquer possibilidade (pelo menos por enquanto) de greve na instituição. Ele disse que a entidade “respeita o atual Governo” e que quer iniciar um diálogo com a atual gestão para discutir a PEC 300.

As declarações acontecem um dia depois da justiça em suspender os efeitos do aumento salarial para policiais, bombeiros e agentes penitenciários da Paraíba, acatando ação do Ministério Público da Paraíba. O governador Ricardo Coutinho (PSB) era contra pagar o aumento, sob a alegação de que ela era ilegal, e apoiava a ação do MP.

Lameirão, contudo, diz que vai analisar o caso e depois tomar as “medidas judiciais adequadas” para tentar garantir o pagamento da PEC, mas pondera que não pretende de início radicalizar. “Sabemos que a atual gestão é legítima e que ela está no poder a apenas 20 dias. Vamos dar tempo para que o governador e sua equipe se organizem e aí queremos dialogar”, frisou.

Ele defende também uma “política de valorização do servidor” e destaca que todas as cidades do mundo que venceram a guerra contra a criminalidade adotaram como medida prioritária o aumento salarial de seus policiais. “Faz sete anos que sou delegado e nunca vi nenhum Governo criar um plano sério se segurança pública. Queremos sentar com os governantes, conversar e colaborar com isto”, enfatiza.

Por fim, o delegado disse que apesar de respeitar a liderança do deputado federal Major Fábio (DEM), discorda quando ele diz que só aceita conversar com o governador. Lameirão, ao contrário, diz que não vê problemas em conversar com o secretariado de Ricardo, contanto que fique o compromisso dos auxiliares em repassar ao governador tudo o que foi debatido.

“Não podemos nos negar ao diálogo. Mas é importante que se haja o compromisso do governador em acompanhar o debate que se trava”, concluiu.

A entrevista foi concedida à Rede Paraíba Sat.

Phelipe Caldas - MaisPB

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